Sim, Portugal não vai falhar.
Não, não são nacionalismos baratos. O que se passou nestes últimos dois dias demonstra que temos equipa, temos governo e temos Presidente da República.
"Eu sei que Portugal não vai falhar." Assim terminou o discurso do primeiro-ministro. Pouco antes, o Presidente da República tinha avisado: "Os custos de um falhanço seriam absolutamente catastróficos."
Discursos, declarações e procedimentos começam a revelar que existe uma clara orientação política neste Governo liderado por Pedro Passos Coelho. Não há uns a defenderem um caminho e outro o contrário. E o líder não só diz, como já mostrou que não tem medo de errar.
Comecemos pelo caso do presidente da Assembleia da República. Pedro Passos Coelho soube transformar a derrota de António Nobre numa estrondosa vitória, ao escolher Assunção Esteves como candidata e ao presidente do Parlamento com a rapidez que a situação exigia. E não se coibiu de escolher uma personalidade com carreira política, depois de ter preferido Fernando Nobre.
O resultado final acabou por ser muito melhor. E o primeiro-ministro revelou ter a qualidade de se adaptar, encontrando a melhor solução para a circunstância que enfrenta em vez de a tentar, sem sucesso, mudar. Uma qualidade que é extremamente importante quando vivemos em tempestade económica e financeira que exige que cada um seja um pouco como o bambu: que se adapte ao vento sem partir.
O que ouvimos do Presidente e do primeiro-ministro também nos permite perceber que temos agora uma única orientação. O objectivo é equilibrar financeiramente o País, protegendo quem está mais frágil ao mesmo tempo que se caminha para um melhor Estado de Direito, com mais justiça e menos corrupção e clientelismo.
O ministro da Economia foi outra agradável surpresa. Uma das personalidades a quem Portugal deve o agradecimento de ter abandonado a sua confortável vida no Canadá para enfrentar uma das mais graves crises da história recente do País revelou ter prioridades muito claras e uma disponibilidade para o diálogo, um apelo também do Presidente, que vai ser capaz de concretizar. Tem competência, capacidade de trabalho e um perfil que lhe permite desempenhar o cargo. Os grupos de pressão que tem de enfrentar exigem que seja muito apoiado por Pedro Passos Coelho. O Presidente, pelo tempo que se demorou a cumprimentá-lo, revelou ser também um aliado.
No fim, mas não menos importante, o ministro das Finanças. "Preciso de sorte", disse. A única sorte de que Vítor Gaspar precisa são bons ventos da União Europeia. Porque Portugal está a mostrar que tem governo.
A vergonha dos governadores
O governador civil de Lisboa demitiu-se logo que o Governo tomou posse, e porque o primeiro-ministro disse que não iria nomear novos governadores civis como sinal de que o seu Executivo seria líder no exemplo de "rigor e contenção".
E depois de António Galamba seguiram-se os representantes do Governo em Braga, Fernando Moniz; e em Beja, Manuel Monge. E mais outros ao longo da noite. Revelador do sentido de Estado que têm, revelador do papel que consideram ter na sociedade.
Henrique Monteiro dizia ontem na SIC Notícias que os governadores civis que se demitiram comportaram-se como "boys". De facto, não estão ao serviço do Estado, não sabem o que é serviço público. Representam, com o que fizeram, o que de pior existe na política e nos partidos. Sim, foram nomeados pelo anterior Governo; sim, sabem que os governos civis vão acabar. Se estivessem ao serviço de Portugal, estariam ali a garantir a transição. Não são capazes. Com eles é que Portugal falha. Não precisamos deles para Portugal vencer a crise em que está.
"Eu sei que Portugal não vai falhar." Assim terminou o discurso do primeiro-ministro. Pouco antes, o Presidente da República tinha avisado: "Os custos de um falhanço seriam absolutamente catastróficos."
Discursos, declarações e procedimentos começam a revelar que existe uma clara orientação política neste Governo liderado por Pedro Passos Coelho. Não há uns a defenderem um caminho e outro o contrário. E o líder não só diz, como já mostrou que não tem medo de errar.
Comecemos pelo caso do presidente da Assembleia da República. Pedro Passos Coelho soube transformar a derrota de António Nobre numa estrondosa vitória, ao escolher Assunção Esteves como candidata e ao presidente do Parlamento com a rapidez que a situação exigia. E não se coibiu de escolher uma personalidade com carreira política, depois de ter preferido Fernando Nobre.
O resultado final acabou por ser muito melhor. E o primeiro-ministro revelou ter a qualidade de se adaptar, encontrando a melhor solução para a circunstância que enfrenta em vez de a tentar, sem sucesso, mudar. Uma qualidade que é extremamente importante quando vivemos em tempestade económica e financeira que exige que cada um seja um pouco como o bambu: que se adapte ao vento sem partir.
O que ouvimos do Presidente e do primeiro-ministro também nos permite perceber que temos agora uma única orientação. O objectivo é equilibrar financeiramente o País, protegendo quem está mais frágil ao mesmo tempo que se caminha para um melhor Estado de Direito, com mais justiça e menos corrupção e clientelismo.
O ministro da Economia foi outra agradável surpresa. Uma das personalidades a quem Portugal deve o agradecimento de ter abandonado a sua confortável vida no Canadá para enfrentar uma das mais graves crises da história recente do País revelou ter prioridades muito claras e uma disponibilidade para o diálogo, um apelo também do Presidente, que vai ser capaz de concretizar. Tem competência, capacidade de trabalho e um perfil que lhe permite desempenhar o cargo. Os grupos de pressão que tem de enfrentar exigem que seja muito apoiado por Pedro Passos Coelho. O Presidente, pelo tempo que se demorou a cumprimentá-lo, revelou ser também um aliado.
No fim, mas não menos importante, o ministro das Finanças. "Preciso de sorte", disse. A única sorte de que Vítor Gaspar precisa são bons ventos da União Europeia. Porque Portugal está a mostrar que tem governo.
A vergonha dos governadores
O governador civil de Lisboa demitiu-se logo que o Governo tomou posse, e porque o primeiro-ministro disse que não iria nomear novos governadores civis como sinal de que o seu Executivo seria líder no exemplo de "rigor e contenção".
E depois de António Galamba seguiram-se os representantes do Governo em Braga, Fernando Moniz; e em Beja, Manuel Monge. E mais outros ao longo da noite. Revelador do sentido de Estado que têm, revelador do papel que consideram ter na sociedade.
Henrique Monteiro dizia ontem na SIC Notícias que os governadores civis que se demitiram comportaram-se como "boys". De facto, não estão ao serviço do Estado, não sabem o que é serviço público. Representam, com o que fizeram, o que de pior existe na política e nos partidos. Sim, foram nomeados pelo anterior Governo; sim, sabem que os governos civis vão acabar. Se estivessem ao serviço de Portugal, estariam ali a garantir a transição. Não são capazes. Com eles é que Portugal falha. Não precisamos deles para Portugal vencer a crise em que está.
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